segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Espíritos de Cristal

Capítulo 1:

- Sr. Vincent -


Existiam em épocas antigas, cristais sagrados espalhados pelo mundo, que dentro continham espíritos guardiões. Uma lenda dos índios mexicanos diz que toda pessoa que levar uma vida voltada para o bem terá sua alma guardada para sempre dentro de um Cristal-Principal. E esse cristal passaria a conceber poderes sobrenaturais, que era transmitido a quem possuí-la.
Vários imperadores, de diversas épocas, tentaram capturar esses cristais, mas nunca conseguiam achar o certo.
Ao longo do tempo, as histórias desses cristais foram perdendo força, e muitos foram esquecendo da lenda... Até agora.
Senhor Vincent era professor de história, lecionava na Usp, tinha a sua empresa de equipamentos para arqueologia onde era diretor e passava a maior parte do tempo mastigando um capim. Com seus 43 anos, era bem sucedido, tinha uma mansão em São Paulo, onde sua família o via de vez em quando. Estava numa recente pesquisa de arqueologia com seus mineradores, onde tinha o total apoio da universidade.
-Vão logo com isso, bando de maricas! Se eu não ver um cristal na minha mão em uma hora, vou reduzir seus míseros salários a nada!
-O dotor, se agente soubesse como é esse tal de cristal, talvez ajuda-se né.
-Mas será que vocês não entendem? Eu já expliquei isso umas mil vezes! Vou explicar só mais uma vez, e vê se prestem atenção: um Cristal-Principal tem a aparência de uma bola de tênis, mas ela tem cores vivas.
-Sim senhor, mas é que tá difícil, e com esse calor insuportável é quase impossível distinguir uma poeira de uma rocha.
-Está bem, intervalo de 15 minutos para todos, mas quando voltarem eu quero pelo menos um na minha mão até o final do expediente.
-Sim senhor.
Quando a ordem foi dada parecia que os trabalhadores criaram forças descomunais para atirar longe os equipamentos e correrem para fora, onde estava nublado e com previsão de chuva à noite.
-Senhor Vincent, é esse o lugar que está guardado o templo dos cristais?
-É sim Leonardo, segundo as histórias do meu avô, é esse o lugar que um feiticeiro mexicano guardou os espíritos de guerreiros bons. Antes de meu avô morrer, ele me deu esse mapa e esse circulo de prata com escritas dos antigos índios mexicanos.
- E o senhor sabe o que está escrito?
- Sei sim, por sorte a língua antiga é a atual deles. Está escrito "En un horizonte hermoso, el sol se pone y se eleva la luna, en la frontera de archivo nuevo. Dentro de este monstruo, un tezouro se encuentra por ser de buena gana.", que quer dizer "Em um belo horizonte, o sol e a lua sobe na fronteira de novo. Dentro desse monstro, porque ele é tezouro de bom grado".
- Mas essa tradução não tem sentido senhor.
- Não, mas o meu avô me contou o significado da tradução brasileira, que quer dizer "Em um belo horizonte, o sol se põe e nasce a lua na divisa de nova lima. No interior desse monstro, um tezouro á de ser encontrado pelo ser de bom grado".
-Monstro?
-O monstro é a montanha na qual estamos, que está localizada em Belo Horizonte, na divisa de Nova Lima. No interior da montanha existe um tesouro, ou seja, os cristais que eu estou procurando.
-O senhor tem certeza?
-É tanta certeza que você não faz idéia Leonardo.
Passado os 15 minutos, todos voltam aos seus afazeres para dentro da gruta.
- Você acha que hoje eles encontram? Já está anoitecendo e os empregados...
-Senhor, senhor, encontramos algo!
-E o que é? – gritou Vincent.
-É meio difícil de explicar, é uma câmara, mas quando um dos homens tentou entrar, ele simplesmente voou longe!
"“ Um tesouro á de ser encontrado pelo ser de bom grado “".
-Que voz é esta senhor, assombração?
-Não sei, mas eu vou ver essa câmara agora mesmo.


Continua...


Marck

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